SENTENÇA
Dia dessa sorrateira saudade
memória-menina que dança de mãos dadas com o sorriso leve
balançando o corpo
na inebriante cena do carrinho-toalha que se arrastava no chão da casa
- Mais uma vez! Dizia ela sorrindo.
e com olhar de quem sabia que a faria voar
arrastava-a por todos os cômodos
por todos os sonhos
de todos os medos
nada seria tão intenso sem a dose demasiada daquele afago protetor
era tão claro para ela
a quem fosse permitido inebriar-se do perfume-amor estaria condenado a viver inebriado do perfume-saudade
cumpre-se a sentença, o dia está cinzento
Márcia Dias
Lindo poema, parabéns
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