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Mostrando postagens de novembro, 2021
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  O vento hoje sopra uma saudade arteira uma saudade que se aprofunda é um sopro impiedoso que invade sem pedir licença e nos lembra De um abraço quente De um olhar morada De uma mão presença De uma voz ternura. A saudade mora aqui.... novembro de 2020 Dia dos que partiram Se foi, mas continua aqui Continua no cheiro No riso Na alma Se foi, mas continua aqui Em mim Em nós No lago Se foi, mas continua aqui No vento que é refrigério Na terra que é sustento Na cor das coisas miúdas Era voz Hoje a mudez é quem me diz Que enquanto houver alguém que lembre, a vida continua sendo morada na memória. Meu pai vive em mim Novembro de 2019 E então, no meio do caminho, para mim, ainda aprendendo a decidir passos e rotas, o teu tempo chega ao fim. Tuas linhas se findaram. As sementes florescem aqui. Aqui há teu perfume. Aqui cantarola aquela música. Aqui, tuas mãos rústicas ainda seguram as minhas. Aqui desfolha-se a saudade. Aqui, na minha memória, tua presença habita, porque a memória é o lugar on
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 SENTENÇA Dia dessa sorrateira saudade memória-menina que dança de mãos dadas com o sorriso leve balançando o corpo  na inebriante cena do carrinho-toalha que se arrastava no chão da casa - Mais uma vez! Dizia ela sorrindo. e com olhar de quem sabia que a faria voar arrastava-a por todos os cômodos por todos os sonhos de todos os medos nada seria tão intenso sem a dose demasiada daquele afago protetor era tão claro para ela  a quem fosse permitido inebriar-se do perfume-amor estaria condenado a viver inebriado do perfume-saudade cumpre-se a sentença, o dia está cinzento Márcia Dias