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Mostrando postagens de janeiro, 2021
  Gestado pelo Jaçanã   Ruas bifurcadas que não chegam mais às esquinas encharcadas de transeuntes. A escassez de gentes com a pulsação acelerada deu lugar a maciças ideias de verdejar o labor. Em casa, as crianças sorriem, gritam, choram, brincam e saem. Já não há mais o temeroso Invisível suspiro que toca e afasta as mãos e anula os abraços. É tempo de aproximação. As máscaras (re) existem nos rostos daqueles que outrora não ouviam o canto pandêmico dos loucos das janelas. Tantas balbúrdias afrontosas sobre uma inexistência que só os olhos de quem era tocado por Bertold Brecht poderiam ver o mar de tubarões em busca de peixinhos que ficariam à deriva ou seriam sufocados. Respirou-se como pode. Asfixiou-se onde estavam. Depois, ressurgidos, continuaram pássaros e peixes cantando uma nova melodia para loucos dançarem. Hoje, talvez os tubarões tenham menos fome. A linha tênue das (in) certezas não permite mais a abundante mordida. Verdejou. A cor da fé é