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O último dia do ano

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O último dia do ano É dia que não se arranca a folha do calendário. É dia de trocar o calendário. É dia de pesar no calendário: A data da vida. A data da morte. A data do riso. Do choro, do aniversário e do luar. Fecham-se ciclos. É dia de deixar no calendário antigo O que foi derrota. E decepção. A desilusão. A ironia. A utilidade. E a maldade disfarçada de bem-querer. É dia de guardar do calendário antigo O que te foi sustento. O riso gratuito. O amor mais amigo. O abraço que é abrigo. A melhor companhia. O telefone e aquela mensagem. Cada paisagem. Cada palavra. Cada desejo. Cada canção. É dia de esperar que o novo calendário Traga-nos paz. E muito amor. Gente do bem. Dias sem dor. Amigos sinceros. Amor com bolero . E saúde sem fim.

O amor anula a morte.

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 Defrontar-se com a morte   É perceber o que é real  É sentir de forma paradoxal a presença e   ausência de alguém   Não há toque,   não há cheiro,   não há olhar   Há lembrança impregnada na alma.     É dor que rasga.   É calmaria que ameniza.   É desejo de ir.  É esperança de ficar.  É certeza de reencontro.   É medo de esquecimento.   Morrer é partir.   Mas também é permanecer.  Cristalizam-se as boas lembranças.   Faz-se morada nos corações que amam.   Nos corações que lembram.   E ali, Guardados na foto antiga;  no som do riso;   no cheiro da camisa vermelha no fundo da gaveta;   nos rabiscos daquele caderno antigo e no perfume da memória   haverá uma presença permanente sempre, porque o amor anula a morte.