O amor anula a morte.

 Defrontar-se com a morte 
 É perceber o que é real
 É sentir de forma paradoxal a presença e   ausência de alguém 
 Não há toque, 
 não há cheiro, 
 não há olhar 
 Há lembrança impregnada na alma. 
 
 É dor que rasga. 
 É calmaria que ameniza. 
 É desejo de ir.
 É esperança de ficar.
 É certeza de reencontro. 
 É medo de esquecimento. 

 Morrer é partir. 
 Mas também é permanecer.
 Cristalizam-se as boas lembranças. 
 Faz-se morada nos corações que amam. 
 Nos corações que lembram. 
 E ali, Guardados na foto antiga;
 no som do riso; 
 no cheiro da camisa vermelha no fundo da gaveta; 
 nos rabiscos daquele caderno antigo e no perfume da memória 
 haverá uma presença permanente sempre,
porque o amor anula a morte. 


  

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